Falar a respeito do yoga, para mim, é uma questão “intima e pessoal”, pois, pós meu encontro com o yoga, grandes mudanças e encontros em minha vida, quase todos os movimentos que foram dados a partir daí, do momento que conheço a prática e a filosofia iogue, sou conduzido para algo que costumo chamar de “bem estar” e/ou encontro do meu EU, mesmo que lentamente, garanto e asseguro que o movimento é constante.
Sentimentos, percepções, sensações, foram [[e continuam]] sendo alteradas diariamente, minuto a minuto, segundo a segundo. [[por isso avisei que era um relato, quase “intimo e pessoal”]]
Muito pode-se falar a respeito dessa filosofia. Muitas definições são dadas, para mim, penso que sempre falta algo; em minha humilde opinião o Yoga se recusa a ficar aprisionado numa definição, exatamente pelo fato de cada um ter uma percepção e entendimento dele. É muito mais do que as palavras podem dizer. Não inclui crença e nenhum poder sobrenatural, tão pouco exige fé religiosa.
é um caminho de auto-análise que pode praticar-se, prescindindo de qualquer teoria, crença antiga ou moderna por parte de quem o pratica.
“Um caminho que conduz o homem a compreender-se verdadeiramente a si próprio.”
Ou seja, Yoga seria ao mesmo tempo; o meio e o fim. Jaideva Singh, no comentário do Vijñánabhairava (p. XIII), um texto que ensina técnicas de meditação, afirma:
“Yoga é consciência; transformação da consciência humana em consciência divina.”
Fora da Índia, Yoga costuma ser associado somente com o Hatha Yoga e seus asanas (posturas), ou como uma forma de exercício. [ [mas garanto, não é só isso, não é só isso] ]
Os principais ramos incluem a raja-ioga, carma-ioga, jnana-ioga, bacti-ioga e hatha-ioga. O Raja Yoga, compilado nos Ioga Sutras de Patanjali, e conhecido simplesmente como Yoga no contexto da filosofia hinduísta, faz parte da tradição Samkhya.
[[ Diversos outros textos hindus discutem aspectos da ioga, incluindo os Vedas, os Upanixades, o Bagavadguitá, o Hatha Yoga Pradipika, o Shiva Samhita e diversos Tantras ]]
Yoga é também liberdade. Libertar-se de condicionamentos e preconceitos em relação à palavra, por exemplo, poderia considerar-se uma forma de sádhana.
As palavras não são nem boas nem ruins em si. Nós, costumeiramente lhes damos valores e significados que associamos às nossas próprias emoções ou preconceitos.
Está escrito na Bhagavad Gítá:
Yogah karmashu kaushalam
('Yoga é perfeição em todas as ações').
Essa é uma visão tão ampla como simples da prática: qualquer coisa que façamos, devemos fazer com uma prática contínua e constante.
Questionando o texto “yogah karmashu kaushalam” temos que nós perguntar: “o que viria a ser ‘perfeição’ ? ela (perfeição) realmente existe?
Que significaria 'perfeição'?A perfeição, assim como o zero, é um dos muitos produtos da capacidade de especulação e criação de nossa mente. Ou seja: não existe. Não é algo preexistente, nem uma verdade tautológica, daquelas que se sustentam por si próprias. A perfeição, diria, não é uma abstração etérica, inatingível, senão um modelo, um paradigma no qual nos espelhamos para transformar a própria existência numa obra de arte, algo digno de ser vivido [[para que fique claro..]] .. Perfeição aqui significa arte de viver consciente. Nada mais.
Pátañjali explica o mesmo com outras palavras:
"Discernimento constante é o meio para destruir a ignorância." Yoga Sútra, II:26
até pode parecer difícil, ou incompreensível, mas chega uma hora em que a nossa consciência se expande e começamos a entender, compreender (aceitar). Nesse momento, o Yoga não fica apenas no plano das ideias, nem se restringe somente e unicamente à sala de prática. Praticar Yoga é como um jogo onde é necessário aprender a jogar desde o início. Um jogo que se joga tanto com a cabeça e com todos nossos outros órgãos (coração, pulmões, vísceras, etc.) Mesmo que não tenhamos nenhuma experiência com Yoga, saiba que em nossas atividades diárias, como trabalhar, lavar louça, limpar uma casa, criar os filhos ou estudar, também podem ser encaradas como um sádhana. Assim sendo é fácil considerar o Yoga um “jogo” onde a única “regra” seria manter-se consciente o tempo todo, a cada momento, cada segundo, em cada célula, a cada pensamento. . e aceitarmos e percebermos nossa condição de conectados com o UNIVERSO, com o TODO, que somos tão velhos e tão sábios como a infinita imensidão que nos cerca.
YOGA/IOGA “é a integração consigo mesmo, com os outros seres e com o Universo”
N A M A S T E
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☽O☾
SA AL AM ALEI KHUM